Eu tenho uma teoria: a do branco

Eu tenho uma teoria: a do branco

Faz dias que tento escrever alguma coisa, mas é tudo em vão. Abro o caderno ou o Word e nada sai; tirei o mp3 dos ouvidos para poder ouvir ou perceber nas pessoas algo interessante com a qual eu possa dividir com você; passo um bom tempo deixando o vento me descabelar enquanto penso e penso... Nada.

De repente mil idéias surgem, chego em casa animada, estalo os dedos, me ponho a digitar e, quando percebo, as letras “m”, “n” e “o” não estão em seus devidos lugares. Algumas palavras estão unidas, se recusando a se separar mesmo que eu espaque a barra de espaço. Ótimo — o teclado foi para o beleléu.

Mais uma vez me vejo desesperada, mas não vencida. Fiz vários esboços mentais de textos que alguma hora me poria a passar para o Blog — textos estes que iam de reflexões sobre comerciais da TV Globo que me deixam “deprimida” até o vexame que o ‘ex-capa-da-Caras-e-atual-capa-da-Quem-e-afins’ está passando e que já passou do ridículo. Foi aí que bolei minha teoria:

Dia desses, nos pensamentos que antecedem o 'cair no sono', percebi, finalmente, que não ter o que escrever é, na realidade, ter inúmeras coisas a se dizer e não saber se decidir sobre qual será o texto da vez.

Exemplificando de outra forma: recorte aquela roda das cores (das aulas de Física) com a qual Newton provou que a cor branca se forma a partir da presença de todas as cores e, agora, cole da seguinte maneira:

(Clique na figura para melhor vizualização) Ao girar esta roda, todos os assuntos se embaralham e não se tem nada para falar sobre. Se cada assunto fosse uma cor, daria branco.

Logo, a expressão ‘deu branco’ não é exatamente um vazio mental momentâneo e, sim, várias informações juntas tentando ganhar espaço ao mesmo tempo, gerando um engarrafamento intelectual.

Capisci? Comentários a fim de aperfeiçoar a idéia (ou apenas para opinar) serão muito bem vindos. Obrigada.


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